- Raquel, o que aconteceu? – perguntou a professora assustada com o
seu aspecto, mas ela pasmada não respondeu. Uns momentos depois, Raquel volta à realidade e a gaguejar, conta o que tinha acontecido:
- “ Sto...stor...stora”, os meus colegas eclipsaram-se, desapareceram
no céu, sem deixar rasto!
- O quê, estás a brincar, não podes estar a falar a sério!? – exclamou
a professora, sem perceber nada.
Uns momentos depois, mais calma, a Raquel conseguiu finalmente deixar de gaguejar e contar à turma, tim-tim por tim-tim, tudo o que tinha observado.
Todos os alunos estavam em pânico, cada um especulando sobre o que podia ter acontecido ali. Por sua vez, a professora tentava a todo o custo contactar o Conselho Executivo, para que alguém a ajudasse a solucionar aquele enigma.
Enquanto isso, alguns alunos da turma entraram no castelo e em vez de encontrarem, como esperavam, o guarda, qual não foi o seu espanto, quando depararam com um homem muito estranho, vestido de cavaleiro, com uma espada na mão, que os assustou. Eles fugiram com medo, mas o homem acalmou-os dizendo-lhes que não tivessem medo, que não lhes fazia mal, aquela espada estava abençoada pela Nossa Senhora da Nazaré.
Além disso, também ele estava assustado com muitas coisas que tinha visto: a forma de vestir das pessoas, os estranhos objectos que transportavam e os carros onde se deslocavam, que não eram puxados por cavalos, mas andavam sozinhos. Gostaria ainda de saber onde estavam as pessoas que habitavam no castelo.
Nesse mesmo instante, eles aperceberam-se que se tratava de D. Fuas Roupinho, o célebre cavaleiro, alcaide do castelo, que lhes contou ter aterrado ali, naquela que fora a sua residência, numa máquina do tempo, que se encontrava estacionada à porta do castelo.
Nessa altura, eles compreenderam a estranha história da Raquel e foram a correr chamar a professora, para lhe apresentarem o misterioso cavaleiro da máquina do tempo.