D. Fuas Roupinho ficou a olhar intensamente para essa luz, lembrando-se que há muitos anos atrás, ao ver uma luz semelhante, recebera ajuda de Nossa Senhora de Nazaré. Sem dúvida que poderia ser um protegido de Nossa Senhora pois, uma vez mais, ela estava a ajudá-lo.
- D. Fuas, meu honesto Cavaleiro, vim novamente para te ajudar. Dentro de segundos, chegarão, sãos e salvos, os alunos que se encontravam na Batalha de São Mamede e iniciaram a sua viagem na máquina do tempo.
- Obrigado, obrigado e adeus! - exclamou D. Fuas com um olhar solene.
Entretanto, anoiteceu no Castelo da bruxa Gorgélia e o Rafael, a Margarida, a Inês e a Rita estavam cada vez mais próximos. Abriram os portões, andaram, andaram, andaram e lá encontraram o Rapaz de Bronze, no meio das maravilhosas mil cores do Jardim Encantado.
- O que fazeis aqui? – perguntou o rapaz de Bronze. -a bruxa mostrou-vos o mapa?
- Pelo que me contaram, são boas pessoas e, por isso, vou dizer-vos as palavras mágicas. Elas são “Abracadabra, libertar os bons e prender os maus!”.
- Muito obrigado, Rapaz de Bronze. Gostaríamos de ficar mais tempo mas, infelizmente, temos que partir já. Em Porto de Mós, devem estar muito preocupados connosco.
Os quatro deram as mãos e, todos ao mesmo tempo, gritaram bem alto:
- ABRACADABRA, libertar os bons e prender os maus!
E no espaço de um milésimo de segundo, viram-se de novo, no Castelo de Porto de Mós, onde tinham acabado de aterrar a Eva, o Rúben e o Marcelo, que estavam a ser atacados de perguntas.
E D. Fuas, sabem onde é que ele ficou a viver? Ficou a viver no sótão do castelo de Porto de Mós porque não lhe apeteceu voltar à sua era. Afinal, tudo aqui era mais moderno.
E a bruxa? Essa ficou presa de castigo, nas grades que o seu próprio feitiço criou...